quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A aplicação dos tablets na educação corporativa



Em meados de 2010, quando ainda cursava o mestrado, alguns colegas começaram a trazer para a sala de aula um dispositivo eletrônico do tamanho de uma revista. Eu ainda estava entusiasmado com os aplicativos dos smartphones e investigava o potencial educacional dessa tecnologia. Meu celular “android” era usado para gravar o áudio das aulas e também para ler alguns e-books no itinerário casa-trabalho-universidade.

Há três anos, os tablets ainda eram uma novidade, mas eu teimava em encará-los como um “recurso de entretenimento” (afinal, os pássaros do Andry Birds ficaram maiores na tela de dez polegadas). Entretanto, notei que algumas universidades brasileiras começavam a oferecer aos seus alunos tablets como material didático. Mas como eu ainda não tinha um desses dispositivos para comprovar empiricamente o poder desta tecnologia, fiquei apenas nas suposições.

Não demorou muito e comecei a ler artigos que apontavam os tablets como uma das tecnologias mais promissoras para a educação nos próximos cinco anos. Reportagens o apresentavam como uma ferramenta para criação e publicação de conteúdo hipermídia, destacando que diversos aplicativos poderiam servir como apoiadores da aprendizagem dos alunos. Estava na hora de comprar o meu.

Em certa ocasião, sugeri a um cliente que ministrava aulas presenciais a substituição do material impresso pelo tablet, pois os gastos que ele tinha para atualizar o seu conteúdo altamente perecível a cada semestre poderia ser revertido na compra dos dispositivos. Além disso, ele garantiria maior acessibilidade às pessoas com algum grau de deficiência visual, já que no tablet seria possível utilizar o recurso “zoom” para o aluno aumentar a fonte ao tamanho desejado.

Descobri outra utilização interessante para a modalidade presencial: o aplicativo “Doceri®” permitia ao professor controlar remotamente o Power Point® do notebook e destacar em tempo real trechos do conteúdo apresentado, além de gravar e disponibilizar um vídeo com áudio da sua apresentação.

E o que dizer ainda dos conteúdos educacionais para e-learning? A SOU Educação Corporativa, empresa de serviços voltada ao desenvolvimento de pessoas, tem apresentado exemplos de cursos altamente interativos usando a linguagem HTML 5, própria para tablets. 
A empresa desenvolveu cursos on-line sobre medicamentos para representantes de indústrias farmacêuticas, que necessitam estar constantemente atualizados para argumentar com os médicos sobre as características dos medicamentos. Uma das vantagens dessa tecnologia móvel é que os usuários podem se atualizar minutos antes de entrar no consultório médico.

Desenvolver conteúdos educacionais e-learning para os tablets, sobretudo nos iPads, requer cuidados especiais. Instruções como “clique aqui” devem ser evitadas, lembrando que as interações nestes dispositivos são por meio do toque. A utilização de animações, vídeos e áudios devem ser cuidadosamente planejadas, bem como o tamanho dos botões e das zonas interativas. Para garantir a eficácia do conteúdo neste dispositivo, o planejamento educacional deve reconhecer as suas possibilidades e limitações a fim de mitigar o risco de problemas no acesso.

A sua instituição ainda tem dúvidas se deve ou não contemplar os tablets na sua estratégia de educação corporativa?
Saiba que inúmeros estudos apontam que essa será a tecnologia educacional mais utilizada nos próximos anos.

 E depois de você refletir, gostaria muito de saber: qual a melhor aplicação educacional dos tablets para o seu negócio?

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