sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Infância: O início de tudo

Óbvio que tudo começa pelo princípio, mas uma análise mais profunda do mundo em que vivemos, especialmente com relação ao ser humano, mostra que nem tudo está começando do princípio como deveria.

É através da criança (o princípio) que se pode moldar o futuro de um município, de uma região, do país e, até mesmo, do mundo, considerando a certeza de que os mais antigos passarão, dando lugar aos que chegam. É a lei natural do universo, através da linha do nascer e morrer.

 Um ditado sábio diz que, "ao nascer, todo o ser vivo começa a esperar a morte". Pois se desejamos o melhor para os que recém-chegaram e para aqueles que chegarão e nos substituirão na sempre árdua tarefa de conduzir o destino do mundo e, na esperança que façam aquilo que ainda não conseguimos, como plantar, regar e proteger a semente da paz e do amor, por isso é natural que teremos de trabalhar a educação e orientar as crianças para que saibam buscar a boa estrada.

Será, no entanto, que estamos realizando essa missão?

 Entendemos que não, pois para orientar a criança é necessário uma autorreciclagem, dentro da verdade que filhos e netos fazem de pais e avós, os exemplos a serem seguidos. Diante disso, temos que rever nossos conceitos e valores de vida, no fazer e no exigir que os outros façam. Banir - todos sabemos quanto é difícil - e mudar hábitos, quando necessário, principalmente quando já se tem "cabeça feita".

Hoje mais do que nunca a criança é atingida, diariamente, por milhões de fatos trazidos pelos meios de comunicação, ou diretamente nas ruas, nas escolas ou dentro das próprias casas, que terminam por direcioná-las a caminhos tortuosos que dentro de suas cabecinhas em formação, é visto e assimilado como natural.

Será dentro desses valores, muitas vezes, errôneos que a criança terá por base o meio em que vive e como direcionar a vida. As informações do dia a dia que lhes chegam ao cérebro, para armazenamento, mostram crimes, tragédias, sexo explícito, escândalos políticos (que se tornam rotineiros), o jogar lixo na rua, o poluir a natureza como coisa natural, tráfico e comércio de drogas, falta de respeito aos outros e às leis que criamos para servir como tábua de consenso, mas que entendemos normal desobedece-las; sentimento do levar vantagem em todos os níveis, entre outras, enquanto ensinamentos sobre os bens que podemos difundir, como confraternização, amor, perdão, companheirismo, colaboração e outros ganham uma escala de difusão muito restrita.

 Como poderemos esperar que a criança siga bons caminhos, se estamos falhando na missão que nos compete? Ter a certeza de que plantar uma boa semente e cuidar dela será presenciar, amanhã, uma árvore com bons frutos!

Para não esquecer, hoje teremos mais uma caminhada em louvor a Fátima é hora de pedir a mãe de Deus que nos oriente, para que possamos melhor orientar nossas crianças.

 Por Moacir Rodrigues

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