terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A escola e o professor reinventando relações entre seres humanos e natureza


Vivemos numa situação de urgência planetária, pois a espécie humana está criando condições socioambientais insuportáveis a sua sobrevivência e de outras pessoas na terra construindo um processo de autodestruição da natureza pelo desejo capitalista e industrial causando com isso um desequilíbrio ambiental com florestas devastadas, problemas com a água, camada de ozônio, animais mortos.

Sem perceber começa esse processo de separação da vida ecológica pela vida acadêmica. Os estudantes vão para a escola e lá passam enclausurados sem nenhum contato com o mundo natural que os cerca, sendo mantidos a maior parte do tempo dentro da sala de aula.

As creches e pré-escolas são espaços privilegiados para começar a desenvolver essa forma de sentir e pensar na vida da terra, uma vez que somos parte integrante do planeta e é nele que as crianças colhem suas primeiras sensações e valores e estes são levados para a sua vida adulta.

A vida humana na terra vai além do nosso corpo e da nossa mente e esse fato deve ser mostrado ao educando, mas eles são distanciados do mundo natural são imobilizados, por que a escola trata a mente com a razão central do conhecimento e com isso divorciam ser humano e natureza, separando corpo e mente razão e emoção e isso tolhe a sensibilidade eco social da criança, do adolescente, até mesmo do adulto fazendo com que sejam voltadas apenas para sua identidade social anulando sua condição animal dentro no eco espaço, quando na verdade, todos nós somos seres da natureza e simultaneamente seres de cultura e não máquinas regidas por leis matemáticas passíveis de interpretação racional.

É interessante que os espaços educativos proporcionem bem-estar e qualidade de vida para a comunidade escolar, reinventando outras rotinas na educação, colocando professores, alunos, diretores em contato com a natureza.
Por que não programar fazer uma reunião, dar aula ou palestra no pátio da escola?

Essas atividades são de suma importância para a formação de um sujeito crítico, coerente e consciente do seu papel ativo e transformador da sociedade e da natureza.

A escola e o professor devem tirar os alunos dessa rotina mecânica de aula e proporcionar relações dos seres humanos entre si e com a natureza, estimulando juntamente com a transmissão de conhecimentos via razão abrangendo outras dimensões como a intuição, a emoção, o movimento, enfim, uma integração de corpo-espirito-razão-emoção, construindo dessa forma, um novo pensar, uma transformação na maneira de sentir e preservar a natureza e entender sua importância fundamental à reprodução da vida sustentável e não como simples colônia de domínio de explorações humanas.

Priscila Manzoni de Manzoni.

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