quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A vocação de educar

Quando falamos de educação, falamos de pais, professores e colégios. Também falamos do meio que nos envolve, da nossa família e amigos, mas hoje em dia, mas que nunca da influência que recebemos em todo momento dos meios de comunicação. Está tudo interligado, vai depender de quais são as prioridades que recebemos no nosso lar.

Antigamente as crianças eram ensinadas que a prioridade era ter boas maneiras, saber como comportar-se na presença de adultos, que os mais velhos mereciam respeito e que o ambiente das escolas era sagrado, era o templo do conhecimento, assim como a igreja era a casa de Deus. Atualmente a juventude tem várias opções para seguir se os pais não os orientam nesse sentido. E, logicamente muitas ficam perdidas nesse marasmo de informações disponíveis. É muito frequente nas escolas ver crianças sem a menor ideia do que é respeito aos mais velhos, aos professores, aos seus colegas e as instituições. É o resultado do meio em que foram criados. 

Semana passada li um artigo sobre educação no qual a jornalista fez uma série de entrevistas a ex-alunos de colégios tradicionais do Rio de Janeiro. Falava do excesso de disciplina, de muito conteúdo, estresse das crianças, entre outras considerações. O mesmo deixava transparecer negatividade, sem que talvez tenha sido essa a intenção da repórter. 

Ouvi muitos comentários nessa semana contra esse artigo, principalmente de alunos que se graduaram nesses colégios. Alguns até comentaram que criaram comunidades no Orkut para manifestar-se positivamente sobre a educação que receberam nessas instituições e a importância que teve nas suas vidas acadêmicas. 

Para mim, este artigo foi muito positivo para estas instituições, já que os pontos que são mencionados: disciplina e muito conteúdo seriam determinantes para que meus filhos fossem matriculados em qualquer uma destas instituições. A disciplina externa leva a autodisciplina, e muito conteúdo só faz bem. No mundo que vivemos prefiro que meus filhos tenham excesso de estudo a excesso de lazer.

Entendo aos pais que pensam que seus filhos são únicos e especiais, sou pai e compartilho da mesma opinião, mas, acredito que há um problema ao conjugar o verbo. A afirmação certa é: “Meus filhos serão únicos e especiais porque tem esse potencial, depende como nos os orientemos.”

Há várias formas de estragar esse potencial de nossos filhos, os meus, os seus. Podemos não colocar limites neles, fazer com que eles pensem que sempre estão certos, que não devem respeitar aos mais velhos, os professores e os colégios devem fazer o que eles querem e as escolas não são lugares para estudar, mas um clube ao qual vão a divertir-se enquanto os pais trabalham. As tarefas para casa deveriam ser feitas somente no colégio e a vida é só diversão sem responsabilidades. Devem estudar somente aquilo que lhes agrada já que são eles que sustentam essas instituições.

Há muitos tipos de escolas assim como há diversidade de alunos e pais, cada um deve escolher o que acha que é melhor, de acordo a sua consciência, valores ou necessidades. Eu acredito na disciplina e no estudo. 

Caro leitor, que valores pretendem que seus filhos tenham daqui a 20/30 anos?

Os meus são: Disciplina e conteúdo, e os seus?
Bom trabalho.

Por: Ricardo Irigoyen.


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